4- Ser interdisciplinar
Na faculdade, as disciplinas até podem ser apresentadas em dias ou semestres diferentes. Mas, na rotina corporativa, o conhecimento adquirido de cada uma delas deve ser usado de forma integrada – algo que, infelizmente, o ensino tradicional ainda não sabe manejar.
“As pessoas aprendem a resolver problemas de forma separada e, de repente, precisarão resolver todos estas questões em um problema só”, diz o coach educacional Renato Casagrande.
5- Falar em público
“Nas apresentações de trabalho, geralmente, só fala quem já tem boas habilidades de comunicação. O mais analítico tende a não falar”, diz Joseph Teperman, CEO da Flow. E, na carreira, apresentar-se em público é quase um requisito básico em todas as carreiras – mesmo que seja para uma plateia composta apenas por seus chefes.
6- Como escolher a carreira
A decisão por qual curso superior seguir é apenas o primeiro passo em direção a escolha da carreira que é mais coerente com você. Assim que o diploma é entregue na colação de grau é que começam as verdadeiras escolhas decisivas para a trajetória profissional.
O problema é que a faculdade ensina pouco para este momento. “Não há parceria com as empresas ou consultorias de recrutamento. O profissional sai da faculdade sem saber onde estão e quais são as principais oportunidades do mercado”, diz Furtado, da Tricae.
Muitas vezes, sem saber muito bem qual rumo seguir. “A pessoa acaba seguindo a carreira daquele primeiro estágio que ela conseguiu ou parte para um jogo de tentativa e erro”, diz Teperman.
7- Liderar e gerir pessoas
Exceto por quem se aventura em uma empresa júnior, centros acadêmicos, atléticas ou outros movimentos estudantis, raras são as chances que um graduando tem para treinar a arte de liderar uma equipe. E isso demanda inteligência emocional, resiliência, capacidade para delegar e motivar pessoas. “Tem uma parte da rotina do executivo, que nem um curso de pós ajuda”, afirma Maurício Trezub, CEO da Ciashop.
8- Contratar
“Contratar pessoas para trabalhar com você não é a mesma coisa que convidar um colega para fazer um trabalho”, diz Maurício Trezub, CEO da Ciashop. E muita gente só descobre o tamanho deste desafio quando tem que recrutar pela primeira vez.
“A ajuda, muitas vezes, vem de um superior imediato”, diz Teperman. Mas nem sempre aparece. “Muitos acham que as únicas pessoas boas são aquelas que são espelho delas em vez de pessoas com características complementares a dela”, afirma.
9- Negociar
Nas estruturas tradicionais que a maioria dos cursos de graduação estão assentados há pouco espaço para que o aluno tenha voz e, consequentemente, aprenda a negociar. No máximo, as discussões e os acordos são fechados dentro dos grupos de trabalho – feitos, geralmente, com pessoas parecidas. “Não se aprende a vender ou comprar uma ideia. As pessoas chegam muito ingênuas no mercado”, diz Teperman.
10- Ler ambientes
No mundo corporativo é preciso ser autentico, mas também é essencial se adequar. “Antes de se soltar é importante entender qual é a cultura daquela área para, então, vestir a máscara corporativa”, diz Teperman. Na faculdade, esta adequação raramente é uma exigência. “Se você era da turma da frente nunca foi obrigado a sentar com a turma de trás”, afirma.
11- Portar-se em uma reunião
“As empresas estão mais participativas e menos patriarcais. Com isso, os mais novos são envolvidos nas reuniões desde cedo”, afirma Teperman. Seja por não saber ler ambientes direito, negociar ou falar em público, poucos recém-formados estão prontos para encarar esta missão.
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