segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Notícias comentadas....Escola troca formação....Fonte: Folha de São Paulo: 7/10/2012

Escola troca formação de cidadão pela capacitação de clientes.... 

A escola como é hj pode desaparecer. Segundo a antropóloga argentina  Paula Sibilia que lança livro "Redes ou Paredes - A Escola em Tempos de dispersão", a escola já prioriza a formação de cidadãos, mas oferecer serviços a clientes consumidores.
No ensaio que faz em seu livro avalia o impacto das mídias eletrônicas no aprendizado cada vez mais dispersivo e avesso à reflexão.

Este artigo alerta para o desmoronamento das "paredes" escolares como conhecemos....o nosso modelo de escola, que hj está sendo permeado por redes sociais que perpassam a sociedade. O mercado capitalismo dita novas regras do jogo. A escola está ficando à deriva e têm que se adaptar com urgência. A escola precisa ser redefinida. Tenho encontrado professores da rede estadual de Ensino e muitos falam como está difícil lecionar nestes últimos 5 anos...a indisciplina, a violência e a incapacidade de se administrar o pedagógico e a qualidade de ensino.  Quando nos aproximamos da discussão do avanço tecnológico, multimídia e informatização na escola, é preciso reforçar a ideia de que a mera incorporação dos recursos tecnológicos não é o suficiente, precisamos mudar o método de ensino. Como fazer isso?  As ferramentas de ensino, como lousas interativas, uso de tablets, entre outras , não podem ser consideradas neutras. A autora do artigo ora analisado alerta que estas ferramentas são impregnadas de valores e tendem a suscitar modos de uso e formas de se lidar com o cotidiano, que se distanciam das regras escolares. Alerta que talvez seja incompatível com seu funcionamento. O que temo, enquanto formadora de professores, não é a incompatibilidade e sim a morosidade na formação docente de implementar metodologias de ensino para lidar com elas.  As resistências e as dificuldades dos professores diante da real necessidade de aprender linguagens da informatização e métodos que emancipem por meio do conhecimento.
Os professores em todas as instâncias de ensino, desde a educação básica à superior, precisam criar caminhos para manter o aluno conectado na busca de novos conhecimentos e informações, conteúdos escolares e formativos. Como fazer isso?  O projeto político pedagógico inovador deve buscar caminhos de aprendizagem que extrapolem as paredes das salas de aula. As aulas devem ser a mescla do conhecimento construído e  convalidados nos livros didáticos e enriquecidos com informações recentes e imediatas veiculadas pelos meios de comunicação. O uso de blogues, do facebook, entre outras conexões é um dos caminhos de aproximação....entre o mundo da escola, um mundo de informação e o desafio de ajudar os alunos a filtrarem informações necessárias para sua formação.

Ana Lúcia Crisostimo

Na internet. Leia na íntegra da entrevista:         http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1164953

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