sábado, 29 de novembro de 2014

Exposição do Projeto Ciência Amiga & Arte Amiga - Clube Soroptimista - SI Guarapuava

A 4ª Exposição Itinerante, uma das ações do projeto de Extensão













O projeto ‘Ciência Viva& Arte Amiga" divulgou suas atividades em uma exposição ocorrida na Escola Municipal Iná Ribas Carli no dia 13 de novembro de 2014. Participaram da atividade cerca de 350 crianças e professores da educação básica que puderam experimentar e interagir com a ciência.
As escolas sempre estão apostando em novas alternativas para conciliar a parte teórica com a prática e, desta forma, ajudar na retenção das matérias. Segundo a professora Marcia Cziulik, do Colegiado de Ciências Biológicas da Faculdade Guairacá, ações como essa garantem o desenvolvimento do ensino e facilitam a troca de experiências. O objetivo do projeto  “é desenvolver um trabalho social na Escola Municipal Iná Ribas Carli, junto a meninas e jovens, prevenindo e combatendo a ocorrência de situações de violência, gravidez indesejada, vício de drogas, prostituição, ou seja, situações de vulnerabilidade social”, afirmou.
A equipe do projeto ‘Ciência Amiga & Arte amiga’ é constituída por participantes de diversos cursos da Unicentro e da Guairacá e promovido pelo Clube Soroptimistas - SI Guarapuava, com o apoio da secretaria Municipal de Educação de Guarapuava.
Ana Lúcia Crisostimo
Coordenadora geral do projeto

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Atividades do Projeto Ciência& Movimento: universidade em ação


Objetivo do projeto: Implementar junto à comunidade escolar de Guarapuava-PR e região ações educacionais na área de ciências naturais que promovam a melhoria da qualidade de vida social e ambiental de todos os envolvidos. 
Em desenvolvimento em 2014....

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

OS QUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO


Rubens Azevedo Alves

15/09/1933 – 19/07/2014

Psicanalista, educador, teólogo e escritor brasileiro.

 Autor de livros religiosos, educacionais, existenciais e infantis. Considerado um dos maiores pedagogos brasileiros de todos os tempos, um dos fundadores da Teologia da Libertação e intelectual polivalente nos debates sociais no Brasil. Para Rubens Alves a resposta ao conjunto das suas missões, a educação deve organizar-se em torno de quatro aprendizagens fundamentais que, ao longo de toda a vida, serão de algum modo, para cada indivíduo, os pilares do conhecimento: aprender a conhecer, isto é, adquirir os instrumentos da compreensão;; aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente;; aprender a viver juntos, a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas;; finalmente, aprender a ser, via essencial que integra as três precedentes. É claro que essas quatro vias do saber constituem apenas uma, dado que existem entre elas múltiplos pontos de contato, de relacionamento e de permuta.

Concurso Docência Ensino Superior: aula didática; elaboração prova escrita; modelo de plano de aula e construção currículo acadêmico


1- SUGESTÕES AULA DIDÁTICA CONCURSO (CONFERÊNCIA DIDÁTICA)....
2- DICAS PARA ELABORAÇÃO PROVA ESCRITA CONCURSO DOCÊNCIA ENSINO SUPERIOR
3- MODELO PLANO DE AULA
4- FATORES QUE INTERFEREM NA CONSTRUÇÃO DE UM BOM CURRÍCULO ACADÊMICO



SUGESTÕES AULA DIDÁTICA CONCURSO (CONFERÊNCIA DIDÁTICA)....

1. Analise minuciosamente o edital, nele constam informações importantes sobre documentação e orientações para realização da prova didática. Analise com carinho os formulários que serão utilizados pela banca para avaliação de seu desempenho.
Critérios passíveis de observação pela banca: planejamento e condução didática da aula: pressupostos teóricos da abordagem do tema, relação conteúdo-método-objetivos; relação teórico-prática na abordagem do tema; comunicação, outros conteúdos pertinentes à especificação da aula.
2. Entregue o plano de aula, obrigatoriamente no início da aula para a banca acompanhar sua apresentação. Neste consta objetivo da aula, entre outras informações importantes para a banca.
3- Inicie sua aula com uma apresentação pessoal....Cumprimento formal (Bom dia/ Boa Tarde ou Boa Noite), identificação pessoal (nome) e o objetivo geral da aula que vai ministrar. O nome do ponto sorteado sugiro que você escreva na parte de cima do quadro-de-giz (primeiro terço do lado esquerdo).
4- Lembre que você terá de 40 a 50 minutos de arguição. Menos que isso você perde pontos ou ser reprovado.
4.1- Seja claro. Faça com que o espectador saiba do que você está falando. Estude muito e tenha domínio não só do tema apresentado, mas de todo assunto relacionado;
5. Na apresentação contextualize o tema e a delimitação do mesmo.  Apesar de uma introdução ser importante, evite "rodeios" para chegar ao assunto principal;
6. Caso utilize slides em sua apresentação não transcreva o assunto em parágrafos enormes e depois fique lendo o texto. Use tópicos para lembrar o que você deve falar. O texto é um roteiro e não uma bengala. Não decore, saiba do assunto de explique o que você sabe ao espectador. Isto denuncia sua insegurança e falta de domínio conteúdo;
7. Aborde os pontos principais, mas não deixe de exemplificar ou de fazer analogias;
8. Tome cuidado para não omitir detalhes importantes sobre o assunto ou cometer erros de ortografia nos slides ou no quadro-de-giz.
9. Se for utilizar o projetor multimídia, tome cuidado com o tamanho das letras e a cor, prefira fundos claros com letras escuras;
10. Figuras ajudam a prender a atenção do espectador, explore-as durante sua apresentação. Se tiver facilidade desenhe (caso o tema permita). Se achar pertinente referencie alguns autores durante sua exposição oral do tema.
11. Fale pausadamente e dê ênfase com a voz em algumas ocasiões;
12. Não fique de costas muito tempo, ao escrever no quadro de giz, para a banca ou fazendo leituras demoradas na tela do projetor multimídia, esquecendo da banca.  Indique com um ponteiro ou caneta na tela e não fique lendo a tela do computador.
13. Use os espaços, ande pelo local da apresentação. Não fique preso (a) ao projetor multimídia ou outro recurso audiovisual.
14. Se a apresentação for importante e inadiável, prepare a apresentação em mais de uma forma (projetor multimídia e adaptável a outra forma de recurso) e fique preparado para apresentar sem nenhum auxílio (uma hipótese remota é a falta de energia elétrica); O que deve ser o centro da sua aula é você;
15. Mantenha a calma e nunca diga que está nervoso (a). Ter segurança em relação ao domínio do conteúdo é muito importante. A banca percebe possíveis "enrolações";
16. Cuidado com o vestuário, nada de minissaias, blusas curtas, bonés, roupas transparentes. Lembre-se: o que deve ser o centro da sua aula é você. Pense que esta é a sua entrevista de emprego, um pouco de formalidade não é excesso. Conte sempre com avaliações subjetivas da banca (afinal as pessoas da banca não convivem com você);
17. Use mais de um recurso audiovisual. Obrigatoriamente utilize adequadamente o quadro-de-giz. Por exemplo, coloque o nome do ponto sorteado do lado esquerdo do quadro, acrescente, por exemplo, nos últimos cinco minutos de sua aula faça um esquema no quadro sintetizando os principais tópicos trabalhados em aula. Aproveite e faça a síntese final ou "síntese integradora". Poderá fazer isso também no último slaid de sua apresentação. Didaticamente somará pontos.
18- Confira todo o equipamento antes de iniciar a aula. Se utilizar recurso audiovisual, se for o caso, apague a luz. Em algumas instituições de ensino superior é você que terá que levar projetor multimídia.
19- Faça a síntese conclusiva ou resumo dos principais tópicos tratados (você pode montar um último slaid com um esquema resumo);
20- Não faça perguntas para a banca. Lembre-se aula de concurso é uma conferência didática...só você fala.
21- Não se importe se alguém da banca não estiver olhando para você...é normal preencher alguma ficha, fazer anotações sobre sua aula ou até se dispersar uns momentos. A tua aula pode ser a décima apresentação do mesmo tema....Não perca o ritmo da apresentação por isso.
22- Treine a apresentação....lembra...ela deve ter entre 40 e 50 min... ou um tempo pré-determinado;
23- Cuidado com a elaboração do Plano de aula. Nele você expressa o objetivo geral (apenas um e acrescente alguns objetivos específicos, se for o caso) de sua aula, os tópicos que irá abordar e os recursos didáticos que utilizará durante sua apresentação. Este aspecto pode ser um dos critérios de avaliação da banca. A delimitação e aprofundamento do conteúdo a ser tratado na aula, trema sorteado, deve ser dosado pensando em uma aula de 50 minutos. Contudo há de se considerar que é uma aula em nível de graduação e não ensino médio. Se for concurso para lecionar na educação básica considere a mesma ponderação.
24-Independente da extensão do tema você deve atentar para o fato de ser uma aula a ser ministrada no ensino superior. Isto requer um planejamento e até uma delimitação do tema com a devida justificativa para a banca. Esta justificativa deve ser sutil durante a etapa da introdução da aula, onde você apresenta e delimita o conteúdo que irá abordar.
Exemplo: Quando temos um tema amplo a ser abordado em uma aula de concurso que tem tempo total de 30 min, é possível optar pelo aprofundamento de um conteúdo específico que compõe o assunto como um todo, lembrando que é uma aula para ensino superior ou ensino técnico. Para  fazer isso: fazer a apresentação pessoal super rápida, apresentar o objetivo geral da aula e uma breve introdução com apontamentos breves do que já foi tratado anteriormente (em uma já trabalhada) em 5min e dedicar  (no caso da aula de 30 min os outros 20 min para abordar no quadro de giz e nos slaids o conteúdo mais aprofundado, deixa no final uma referência breve que o tema tem continuidade. Nos 5 min finais fazer a síntese integradora e apenas entregar para a banca a lista de exercício (perspectiva avaliativa e feedback  ou uma pesquisa que pode ser o aprofundamento ou continuidade do tema. Como mencionei anteriormente não sugerir que a banca resolva os exercícios.

25. A aula de concurso é uma conferência didática pois só o apresentador expõe o tema. É uma aula expositiva não dialogada, pois não se conversa com a banca. Contar isso no plano de aula. Apenas aula expositiva.
26. Quanto ao item avaliação ou exercícios que pode constar no PLANO DE AULA:
I) No plano de aula: no  item avaliação você pode especificar (exemplo):
a.1 A apreciação de desempenho se efetivará a partir da observação do envolvimento dos alunos na aula e por meio da apresentação de seminários.
b) No item exercícios Exemplos :
b.1) Será aplicado exercícios de apreciação e análise dos textos apresentados em aula.
b.2) Será aplicado lista de exercícios que poderão ser executados individualmente ou em grupo (produção colaborativa).
Ps. lembrar que vc na aula não precisará falar como vai ser a avaliação daquela aula. Isso constará apenas no plano de aula.


II) Na aula: quanto à avaliação você pode externar no final da aula, antes ou depois da síntese integradora (fala rápida sobre os principais tópicos tratados na aula em foco, principalmente um reforço dos principais termos e conceitos, atendendo ao objetivo geral da aula) como você organizará a avaliação daquele conteúdo abordado. Poderá fazê-lo a partir da resolução de uma lista de exercício, a leitura e síntese de um texto complementar ou algo mais específico relacionado à área do conhecimento. Organiza isso em um material impresso e só entrega para a banca para ilustrar como você procederia em uma situação real. De maneira alguma sugira que a banca deverá fazer o exercício ou atividade que você poderá adotar (em uma situação real) como avaliativa. 

E por fim, repito, você deve ser o centro da sua aula e não os recursos audiovisuais. Nunca deixe para estudar e preparar sua apresentação na última hora. O tempo que você destina à busca de informações e à preparação do material tem uma relação direta com a qualidade do trabalho final. Pequenos detalhes podem fazer a diferença na classificação final...Aliás, seguindo as sugestões citadas você corre um sério risco de ser APROVADO e ficar em uma ótima colocação. Boa sorte....

Texto em construção

Profª Drª Ana Lúcia Crisostimo
Docente da Universidade Estadual do Centro-Oeste UNICENTRO-PR
Fonte: http://anacrisostimo.blogspot.com.br/


DICAS PARA ELABORAÇÃO PROVA ESCRITA CONCURSO DOCÊNCIA ENSINO SUPERIOR
1 - O primeiro conselho vai na linha da preparação dos pontos...ou temas que serão tratados. Geralmente o estudo se restringe na leitura de vários livros...sobre os vários temas do concurso sem nenhuma ou pouca sistematização.
2 - Pegue caderno ou folhas de sulfite e prepare todos os pontos separadamente como se você fosse escrever no dia da prova... Do ponto 1 ao 10...
3- Na última folha de cada ponto monte um esquema (o mesmo que você vai colocar no desenvolvimento do plano de aula) do que você vai escrever e em que sequência...decore este esquema...vamos ajudar sua memória...sempre é bom...Coloque o nome e ano das principais referências fornecidas no edital do concurso...empreste ou adquira estes livros...
4- Nas páginas iniciais faça um texto seguindo o esquema q você fez na última página...lembre se o concurso é ensino superior teu texto vai refletir seu grau de aprofundamento no assunto (o quanto você conhece).  Numere estas folhas e leia em voz alta...tem que escrever cerca de 70% do tempo da prova e os outros 30% releia e passe a limpo...Acho interessante incluir referências das leituras indicadas no edital no meio do texto...Ou referencie em algum momento do texto...Leia em voz alta...para detectar falta de coerência textual e erros de gramática. Alguns concursos provas, suponho que a maioria dos processos seletivos, tem leitura pública oral da prova;
5- Estas sugestões ajudam sua memória, pois há casos em que o nervosismo normal no momento da prova escrita "dá um branco"...esta organização de texto ajuda o candidato a sair na frente...na primeira etapa.
6- Todo este cuidado da prova escrita deve ser precedido de um cuidado muito especial com o currículo, sua atualização, fazer uma simulação onde pontua e onde seu currículo está fraco e diversificação de atividades acadêmicas (pontuação máxima em alguns itens, exemplo: trabalhos apresentados em congresso serão considerados no máximo 2 trabalhos pelo tempo de interstício).
7- Depois de todos os pontos prontos, estude..., decore...escutei um dia de um amigo "Deus ajuda quem estuda."

No dia da Prova Escrita do Concurso:

  • Lembra do esquema escrito e decorado no final de cada ponto preparado? Pegue a prova... na  folha de rascunho... ou no final da prova (se não tiver folha de rascunho), a lápis, escreva o esquema do texto que você elaborou. Novamente você vai ajuda sua memória, deixando-o mais seguro e minimizar seu nervosismo.
  • Na primeira folha do concurso escreva o ponto e em seguida comece o texto de preferência na íntegra que você preparou e estudou com antecedência. Siga o esquema.
  • Alguns concursos proíbem de escrever o nome do candidato no texto da prova escrita. Isso elimina o candidato. Preste atenção na leitura das orientações no início da prova escrita. Este detalhe é eliminatório. 
  • Chegue com antecedência e evite conversar com outros candidatos...sofrer influência negativa neste momento é desnecessário. Use o tempo para concentração.


Enfim...a aprovação no concurso para docência ensino superior começa na preparação do currículo, diferente do concurso em geral que avalia principalmente o conhecimento específico em determinadas área.
Boa Prova!!!!!!



Ana Lúcia Crisostimo
Doutora em metodologia de ensino e formação de professora (UNICAMP)
Docente da Unicentro-PR.


domingo, 16 de novembro de 2014

ANÁLISE DO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO: META 18


Em análise no Congresso desde 2011, o Plano Nacional da Educação (PNE) traça objetivos e metas para o ensino no País em todos os níveis (infantil, básico e superior) para serem cumpridos até 2020, o novo plano deve reestruturar a participação da União no planejamento da educação nos próximos dez anos, partindo dos problemas já identificados e mesmo os avanços já conquistados, partindo da certeza de que mesmo os avanços trazem novos desafios.
Com base no Censo Escolar de 2007, publicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), o Brasil contava então com 1.882.961 de professores vinculados à educação básica, dos quais 1.288.688 com nível superior completo (68,4% do total). Destes, pelo menos 10% não possuem curso de licenciatura e um número expressivo de professores, mesmo com licenciatura, não tem a formação compatível com a disciplina que lecionam. É nos anos finais do ensino fundamental, etapa de ensino na qual as matérias começam a ser dadas por professores de áreas específicas e no ensino médio que esta proporção é maior. Os números revelam também que a maior distorção está na área de Ciências Exatas, na qual os profissionais formados nos cursos de licenciatura do país são insuficientes para suprir a demanda.
A inexistência de um Sistema Nacional de Educação no Brasil pode ser uma das razões pelas quais a profissão docente se apresenta, hoje, extremamente diferenciada e fragmentada. Estados e municípios, considerados entes autônomos, conforme a Constituição Federal de 1988, correspondem cada um a um sistema de ensino. Há professores federais, estaduais e municipais; professores concursados e não concursados; professores urbanos e rurais; professores das redes pública e particular e das redes patronais profissionais; e professores titulados e sem titulação. Essa situação origina planos de carreira distintos (ou ausência de planos), salários diferenciados e duplicação de jornada em carreiras diferentes: estadual/municipal; pública/privada; educação básica/educação superior (Oliveira, 2010). As pesquisas sobre a profissão de professor revelam exaustivamente uma série de problemas e desafios para a elevação do estatuto socioeconômico da categoria, destacando-se, dentre outros aspectos: os baixos salários predominantes; e a deterioração das condições de trabalho, esta decorrente das longas jornadas, de salas superlotadas, do crescimento da indisciplina e da violência na escola, da dificuldade em realizar atualizações de conteúdo e metodológicas, das cobranças de maior desempenho profissional (Oliveira & Feldfeber, 2006).
Mais recentemente, a Resolução CNE/CEB n. 2/2009 fixou Diretrizes Nacionais para os Planos de Carreira e Remuneração dos Profissionais do Magistério da Educação Básica Pública, cuja implementação certamente será um dos grandes desafios para o próximo decênio. É oportuno, frente ao necessário cumprimento das diretrizes e normas já estabelecidas e que representam bandeiras históricas dos movimentos docentes, que o PNE incorpore decisão da CONAE que diz respeito à proposição de um código de responsabilidade educacional, para que estes e outros aspectos da gestão democrática pública possam ter continuidade, independentemente das mudanças de governo (Scheibe, 2010).
Visto isso se apresentou a necessidade da inclusão de uma meta específica sobre o plano de carreira no PNE, sendo ela a meta 18, seguindo o objetivo de assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de ensino, visando estruturar os sistemas de ensino buscando atingir em seu quadro de profissionais 90% de servidores efetivos via concurso público; a valorização do estágio probatório como condição para a efetivação; prova nacional de admissão de docentes, subsidiar os concursos de admissão pelos Estados, Distrito Federal e Municípios; ofertar cursos técnicos para formação de funcionários de escola, assim como sua formação continuada; censo dos funcionários da escola da educação básica; priorizar o repasse de transferências voluntárias  para os Estados, Distrito Federal e Municípios que tenham aprovado lei específica estabelecendo planos de carreira para os profissionais da educação.
O texto completo da meta 18 no Plano Nacional de Educação:
Meta 18 - Assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de Carreira para os (as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos (as) profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.
18.1) estruturar as redes públicas de educação básica de modo que, até o início do terceiro ano de vigência deste PNE, 90% (noventa por cento), no mínimo, dos respectivos profissionais do magistério e 50% (cinquenta por cento), no mínimo, dos respectivos profissionais da educação não docentes sejam ocupantes de cargos de provimento efetivo e estejam em exercício nas redes escolares a que se encontrem vinculados;
18.2) implantar, nas redes públicas de educação básica e superior, acompanhamento dos profissionais iniciantes, supervisionados por equipe de profissionais experientes, a fim de fundamentar, com base em avaliação documentada, a decisão pela efetivação após o estágio probatório e oferecer, durante esse período, curso de aprofundamento de estudos na área de atuação do (a) professor (a), com destaque para os conteúdos a serem ensinados e as metodologias de ensino de cada disciplina;
18.3) realizar, por iniciativa do Ministério da Educação, a cada 2 (dois) anos a partir do segundo ano de vigência deste PNE, prova nacional para subsidiar os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, mediante adesão, na realização de concursos públicos de admissão de profissionais do magistério da educação básica pública;
18.4) prever, nos planos de Carreira dos profissionais da educação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, licenças remuneradas e incentivos para qualificação profissional, inclusive em nível de pós-graduação stricto sensu;
18.5) realizar anualmente, a partir do segundo ano de vigência deste PNE, por iniciativa do Ministério da Educação, em regime de colaboração, o censo dos (as) profissionais da educação básica de outros segmentos que não os do magistério;
18.6) considerar as especificidades socioculturais das escolas do campo e das comunidades indígenas e quilombolas no provimento de cargos efetivos para essas escolas;
18.7) priorizar o repasse de transferências federais voluntárias, na área de educação, para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que tenham aprovado lei específica estabelecendo planos de Carreira para os (as) profissionais da educação;
18.8) estimular a existência de comissões permanentes de profissionais da educação de todos os sistemas de ensino, em todas as instâncias da Federação, para subsidiar os órgãos competentes na elaboração, reestruturação e implementação dos planos de Carreira.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Conselho Nacional de Educação (CNE). Indicações para subsidiar a construção do Plano Nacional de Educação: 2011-2020. Brasília, DF, 2009.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988.  Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm>.
BRASIL. Lei n. 10.172, de 9 de Janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional de Educação (2001-2010) – PNE e dá outras providencias. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 jan. 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm>.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CEB n. 2, de 28 de maio de 2009. Fixa as Diretrizes Nacionais para os Planos de Carreira e Remuneração dos Profissionais do Magistério da Educação Básica Pública. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 29 maio 2009, seção 1, p. 41-42. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/resolucao_cne_ceb002_2009.pdf>.
BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP). Estudo exploratório sobre o professor brasileiro: com base nos resultados do Censo Escolar da Educação Básica 2007. Brasília, DF: MEC/INEP, 2009.
BRASIL. Plano Nacional de Educação para o Decênio 2011-2020. Projeto de Lei n. 8.035/2010. Disponível em: <http://bd.camara.gov.br>.
CONFERÊNCIA NACIONAL DE EDUCAÇÃO (CONAE), 2010, Brasília, DF. Construindo o Sistema Nacional Articulado de Educação: o Plano Nacional de Educação, diretrizes e estratégias; Documento Final. Brasília, DF: MEC, 2010. Disponível em:  http://conae.mec.gov.br/images/stories/pdf/pdf/documetos/documento_final_sl.pdf>.
OLIVEIRA, D.A.; FELDFEBER, M. Políticas educativas y trabajo docente. Buenos Aires: Centro de Publicaciones Educativas y Material Didáctico, 2006.
OLIVEIRA, J.F. A articulação entre universidade e educação básica na formação inicial e continuada de professores: demandas contemporâneas, situação-problema e desafios atuais. 2010, 17p.
SCHEIBE, L. Valorização e formação dos professores para a educação básica: questões desafiadoras para um novo Plano Nacional de Educação. Educ. Soc., Campinas, v. 31, n. 112, p. 981-1000, jul.-set. 2010

Papel do Professor

A falta de motivação e reconhecimento para os educadores tem cada vez mais interferindo na educação brasileira. Os alunos apenas estão indo para as aulas sem de fato adquirir o conhecimento, aprender.  Isso tudo tem ocorrido por falta de preparo nas aulas, apoio das escolas, falta de interdisciplinaridade entre matérias e a falta de contextualização do tema tratado em aula. Se tendo em mente que um dos principais papéis do professor dentro de uma sala de aula é fazer com que o aluno consiga ter uma aprendizagem significativa é empenho deste, tentar achar uma abordagem que faça com que isto ocorra. 

Mas para entender melhor, o que é uma aprendizagem significativa?
A aprendizagem significativa é o processo através do qual uma nova informação (um novo conhecimento) se relaciona de maneira não arbitrária e substantiva (não-literal) à estrutura cognitiva do aprendiz. É no curso da aprendizagem significativa que o significado lógico do material de aprendizagem se transforma em significado psicológico para o sujeito.

Sabendo o conceito do que é essa aprendizagem fica mais simples elaborar aulas para que se atinja esse objetivo. Jogos, dinâmicas, praticas, exposições, passeios são uma ótima maneira de expor o aluno ao conteúdo além de contextualiza-lo no meio. Estas formas de ensinar desperta o aluno e atrai o interesse, fazendo com que as aulas se tornem mas agradáveis e o dialogo professor- aluno se torne mais rotineiro fazendo com que a aprendizagem ocorra de forma natural. Além de que estas aulas ditas diferentes podem também auxiliar na aprendizagem de alunos com dificuldades, pois ocorre a visualização do tema facilitando assim a compreensão.

Para que estes profissionais consigam trabalhar os conteúdos propostos é necessário que a escola aonde leciona dê suporte e apoio para que  estas  aulas ocorram. Aulas conjugadas e contra turnos podem bastante uteis para o professor a preparar sua aula, passeios e praticas que permitam ter várias matérias envolvidas, tendo uma interdisciplinaridade escolar faz com que o aluno perceba que as todas as matérias andam em conjuntos, tendo relação uma com a outra, exemplo: química e biologia. Isto admite que o professor consiga vencer a ementa que lhe é passado no começo do ano. Percebemos, principalmente que no ensino médio, que os professores têm muito conteúdo para passar o que acaba gerando apenas aulas apenas teóricas não dando tempo para uma pratica do conteúdo, levando como consequência o aluno a decorar a matéria, não se tendo uma aprendizagem eficaz.


Este problema, se assim podemos dizer, encontrado nas escolas e colégios brasileiros só poderia ser solucionado se os profissionais da educação das escolas se reunissem e montassem um planejamento escolar que visa atender as necessidades dos professores. E estes por sua vez tentassem programar suas aulas ao longo do ano de maneira criativa fugindo um pouco da maneira tradicional, utilizando de vários recursos. Além de que se os professores se reunissem antes de planejar suas aulas poderiam propor aulas com mais interdisciplinaridade entre as matérias.

Sites para mais informação sobre o tema:

Khan Academy

A Khan Academy é uma organização sem fins lucrativos com o objetivo de mudar a educação para melhor, fornecendo educação de qualidade internacional para todos, em qualquer lugar. Esta organização possui um site no qual você pode se cadastrar tendo então acesso a todos os recursos do site.

Não importa se você é aluno, professor, aluno a distância, diretor, adulto voltando à sala de aula após 20 anos ou um leigo interessado que procura uma mãozinha em biologia básica. Os materiais e recursos da Khan Academy estão disponíveis inteiramente de graça.


Como funciona?
Os alunos podem usar uma extensa biblioteca de conteúdo, inclusive desafios interativos, avaliações e vídeos em qualquer computador com acesso à internet. Tutores, pais e professors podem ver o que os alunos estão aprendendo e fazendo na Khan Academy.

Algo interessante sobre os vídeos da Khan Academy é que, nas aulas de ciências e biologia a voz que vai dando toda a explicação é uma voz bem conhecida por quem foi criança durante o final dos anos 90 e começo dos anos 2000, é a voz do dublador brasileiro Wendel Bezerra que dublou o Goku, na série de anime Dragon Ball escrita por Akira Toriyama e animada pelos estúdios da Toei Animation.


Para ter mais informações sobre a Khan Academy você pode entrar no site em português que é pt.khanacademy.org.  

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Ensinando o cérebro a aprender melhor: 28/10/2014 - New York Times - Folha de S.Paulo


Ensinando o cérebro a aprender melhor
Por TARA PARKER-POPE
Uma boa nota sempre significa que o aluno aprendeu a matéria? E uma nota baixa significa que um aluno apenas precisa estudar mais?
Em seu novo livro "How We Learn: The Surprising Truth About When, Where, and Why It Happens" (como aprendemos: a surpreendente verdade sobre quando, onde e por que acontece), Benedict Carey, repórter de ciência do New York Times, desafia a noção de que uma pontuação alta em um teste corresponda a um verdadeiro aprendizado. Ele argumenta que, embora uma boa nota possa ser conseguida no curto prazo quando se estuda para uma prova, há grandes chances de que a maioria das informações seja rapidamente perdida.
Carey oferece aos estudantes um novo modelo de aprendizagem baseado em décadas de pesquisas sobre o cérebro, testes de memória e estudos sobre o tema. Ele vira pelo avesso a ideia de que estudar muito é a única coisa necessária para ser um aluno bem-sucedido, oferecendo uma investigação detalhada do cérebro para revelar exatamente como aprendemos.
"A maioria de nós estuda e espera estar fazendo a coisa certa", diz Carey. "Mas costumamos adotar uma noção estática e limitada de como a aprendizagem deve ocorrer."
Sessões de estudo longas e focadas podem parecer produtivas, mas é possível que você esteja gastando grande parte de sua inteligência na tentativa de se manter concentrado. "É difícil ficar sentado e se concentrar por várias horas", diz Carey. "Você está dedicando um enorme esforço só pelo fato de estar lá, quando existem outras maneiras para tornar o aprendizado mais eficiente e interessante."
Uma dica é mudar o ambiente de estudo de tempos em tempos. Em vez de ficar estudando em sua mesa durante horas, buscar um novo cenário irá criar novas associações no cérebro. "O cérebro quer variação", diz Carey. "Quer se mexer, quer fazer pausas."
Ao estudar apenas uma vez de forma concentrada, o aluno não dá sinais ao cérebro de que a informação é importante. Por isso, embora a sessão inicial de estudos dê início ao aprendizado, é a revisão, alguns dias depois, que força o cérebro a recuperar a informação -essencialmente identificando-a como importante.
Outra maneira de sinalizar ao cérebro que a informação é importante é falar sobre ela. Fazer testes e anotar informações em fichas também reforça a aprendizagem.
Outra técnica é chamada de aprendizagem distribuída, ou "espaçada". Carey a compara a regar a grama. Você pode regá-la uma vez por semana por 90 minutos, ou três vezes por semana por 30 minutos. A rega espaçada manterá a grama mais verde ao longo do tempo. Repetir as lições alguns dias ou uma semana depois, em vez de numa sequência rápida, envia ao cérebro um sinal mais forte de que ele precisa reter a informação.
Cientistas identificaram os intervalos ideais. Se a prova está marcada para daqui a uma semana, planeje duas sessões de estudo com intervalos de um a dois dias. Se a prova for daqui a um mês, comece estudando com intervalos de uma semana.
Dormir é uma parte importante de estudar bem. A primeira metade do ciclo do sono ajuda a reter os fatos; a segunda metade é importante para habilidades matemáticas. Então, um aluno que tiver uma prova de idiomas deve ir para a cama cedo, a fim de conseguir uma maior retenção durante o sono. Para os estudantes de matemática, é melhor fazer a revisão logo antes de ir dormir.
"O sono finaliza o aprendizado", diz Car

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/newyorktimes/192742-ensinando-o-cerebro-a-aprender-melhor.shtml

sábado, 25 de outubro de 2014

O USO DO BLOG COMO FERRAMENTA DE ENSINO-APRENDIZAGEM

           O blog é uma das diversas tecnologias da comunicação e informação que são disponibilizadas na web. A aplicabilidade da ferramenta em contexto educacional terá êxito se houver uma capacitação adequada dos professores, onde o aluno é co-autor de seu processo de aprendizagem e o professor um mediador dos conhecimentos adquiridos pelos alunos. Espaço de possibilidades oferecido pelo uso dos blogs na Educação utilizando como recurso o próprio blog.
        O blog temático será para apoiar os professores dando dicas para leitura , como postar atividades no ambiente, divulgação de trabalhos.
        A primeira ideia é que o blog seja uma possibilidade de aprendizagem colaborativa dentro e fora dos muros da escola, sendo administrado de forma também colaborativa entre professores e entre professores mediadores do trabalho dos alunos representantes de turma, sendo que estes serão a via de acesso para as publicações dos demais colaboradores. 
        Relevante trabalhar o conceito de responsabilidade em rede sobre a pesquisa, a produção da informação e do conhecimento até a sua publicação, independente da mídia escolhida, texto, hipertexto, imagem móvel ou fixa, sons, músicas, Podcasts, filmes ou documentários, links...
        Tudo dependerá da disponibilidade e interesse dos professores em agregarem as potencialidades do blog como uma ferramenta valiosa no processo de aprendizagem de seus alunos. Considerar ainda  a motivação dos alunos para instigarem os professores para disponibilizarem a eles o uso deste recurso.

            Considerações que precisam ser levadas em conta antes de os alunos iniciarem a criação e o desenvolvimento de seu próprio blog.
·                     Conversar com o aluno sobre as responsabilidades inerentes à publicação na Internet.
·                  Ser leitor de blogs e, assim, aprender indiretamente novas técnicas para melhorar o já existente.
·           Os blogs fazem parte do ecossistema completo que é a Internet, isto é, não são as únicas ferramentas existentes para favorecer o modelo construtivista.”

Subsídios  teórico-práticos no uso do blog como ferramenta de ensino/recurso didático

            Na construção coletiva do conhecimento através de um projeto de blog coletivo se faz necessário um planejamento simplificado dos itens fundamentais na concepção da ideia, devendo dispor de:

            Textos informativos; enquetes (abordando situações problemas); lista de links temáticos; slides com imagens reflexivas; Vídeos (com sons); álbuns (memória fotográfica das atividades realizadas pela comunidade); para despertar nos seus usuários o desejo de ler, analisar, refletir e interferir nas informações ‘postadas’ a fim de que haja troca de saberes entre os envolvidos com o projeto.

            Caso algum membro da comunidade tenha pouco ou nenhum conhecimento técnico sobre a construção de blogs é imprescindível à capacitação tecnológica sobre o uso dessa ferramenta para que ‘todos’ os envolvidos estejam ‘estimulados’ a participar efetivamente desta construção.

           
Exemplos da funcionabilidade dos Blogs:

·         Aproximar professores e alunos.
·         Os estudantes tendem a se identificar com o professor blogueiro. Se o aluno cria um blog, os professores têm um espaço a mais para orientar o aluno;
·         Permitir maior reflexão sobre o conteúdo
Quando o professor blogueiro expõe sua opinião, está sujeito a críticas e elogios. Com isso, reflete sobre seu trabalho e faz os alunos pensar mais sobre o tema proposto
·         Manter o professor atualizado
O professor blogueiro busca em outros sites e blogs informações para compartilhar com os alunos. Isso o coloca em permanente reciclagem
·         Estimular Maior exploração e aproveitamento do laboratório de informática da escola.
·         Criar uma atividade fora do horário de aula
O estudo não fica restrito aos 45 minutos de sala de aula. Com o blog, o professor instiga os alunos a estudar mais. Eles buscam no blog desafios, exercícios e gabaritos
·         Trazer experiências de fora da escola
O blog abre as atividades da escola para pessoas de outros colégios, cidades e até países colaborarem. Isso amplia a visão de mundo da turma
·         Divulgar o trabalho do aluno e do professor
As produções do aluno ou do professor podem ser vistas, comentadas e conhecidas por qualquer internauta do mundo. Isso é um incentivo para alunos e professores se dedicarem
·         Permitir o acompanhamento
Com os blogs, os pais podem monitorar as atividades escolares dos filhos. E também ter acesso ao que o professor está ensinando. Isso não é possível com as aulas
·         Ensinar linguagem digital
Ao montar blogs, alunos e professores passam por um processo de "alfabetização digital". Aprendem a fazer downloads e outros recursos para navegar com facilidade
·         Aproximar o professor do universo do aluno, para que possa auxiliar em sua comunicação e troca de conhecimentos

 Fonte: http://profeanelise.blogspot.com/2008/08/importncia-dos-blogs-na-escola.html
 


domingo, 19 de outubro de 2014

MÉTODO CIENTÍFICO NA ÁREA EDUCACIONAL

  
                                                                                        Profª Drª Ana Lúcia Crisostimo (2014)
Docente do Curso de Ciências Biológicas da Unicentro.



O método científico está presente nos processos de produção do conhecimento provenientes de investigações na área educacional. No ensino superior saber analisar, interpretar e redigir com um rigor científico deve ser inserido na proposta pedagógica de todas as disciplinas. Geralmente o rigor científico e as regras que norteiam um texto acadêmico é exigido apenas na elaboração de projetos ou textos escritos especialmente para eventos, livros ou revistas científicas.
Com o objetivo de subsidiar também atividades pedagógicas cuja metodologia de ensino seja centrada em uma pesquisa, na organização de um seminário ou mesmo um simples trabalho de leitura e síntese de alguns textos sobre um determinado assunto que culminem na elaboração de um texto científico relacionamos alguns aspectos imprescindíveis nesta tarefa.
A elaboração de um texto científico envolve muito mais do que uma simples leitura atenta de um livro ou artigo. Requer o domínio de algumas normas e conceitos preciosos que facilitam a redação de um trabalho científico. Mas não basta apenas conhecer o método científico.  
Lembramos que o ato de escrever, seja uma simples frase ou um longo texto requer um processo cognitivo. Nosso cérebro acumula informações e em momento de sínteses desencadeamos um processo criativo. O resultado da criação pode ser algo novo ou algo que reinventamos, reelaboramos e transformamos em uma obra de arte ou um texto científico. Neste contexto podemos afirmar que a elaboração de um texto científico é precedida de um processo criativo que ocorre em nosso intelecto e que não é privilégio de alguns iluminados. As leituras de autores renomados na área que pretendemos, nossas anotações e o exercício de escrever sobre algo que elaboramos a respeito contribui para o momento que nos tornamos autores e não simples reprodutores de conhecimento.
Outro aspecto que destaco é o fator motivacional... devemos nos perguntar o que nos motiva... Qual nossos objetivos? Quero escrever uma dissertação ou uma tese, um trabalho de conclusão de curso... não importa, todos estes trabalhos precisam ser elaborados seguindo normas científicas e precisamos saber escrever... queremos nos tornar autores. Isso implica em horas de dedicação, persistência e até abnegação de algo que gostamos. Ser autor implica em entender que nosso cérebro não "dá saltos" milagrosos, ou seja, o processo de produção do conhecimento é resultado de um trabalho contínuo e desafiador de escrever, apagar... escrever, corrigir...até que o leitor (nosso interlocutor) compreenda o que queremos transmitir.    
Agora sim. Entendemos a importância da motivação, conhecemos como nosso cérebro funciona no processo criativo de elaboração, coletamos informações por meio da leitura de livros e textos que irão subsidiar meu intelecto na elaboração de um texto científico. Lembrar sempre que os autores serão citados ou parafraseados para ressaltar, ilustrar ou até contrapor nossas ideias e nunca para serem plagiados.
Vamos a alguns conselhos úteis que poderão subsidiar a elaboração de um texto científico:

1-      Faça uma análise detalhada de outros artigos ou trabalhos científicos publicados. Observe como o autor organizou o texto, se atingiu o objetivo proposto; qual a metodologia de análise empregou, se seguiu adequadamente as normas da ABNT, quais as expressões de conexão que empregou no texto (grifar algumas) e coerência textual, entre outras análises possíveis. 
2-  Organize um texto que tenha coerência textual que basicamente consiste na harmonia entre as palavras, entre as frases, isto é, quando faz sentido ao leitor (seu interlocutor imaginário) aquilo que você escreveu. Obrigatoriamente tem um início, meio e fim. Em outras palavras a pessoa que ler seu texto, independentemente de você, entenderá om o que você quis transmitir, ou seja sua mensagem.
3-  Uma maneira de facilitar a organização do texto é montar um esquema geral do texto, partindo sempre do geral para o específico (no caso da fundamentação teórica ou de um artigo, a introdução, etc.). Passe a escrever seguindo este roteiro e a partir da primeira versão do texto já elaborado citar ou parafrasear autores seguindo normas da ABNT. 
4-    Organize um arquivo impresso ou digital sobre: estrutura organizacional do artigo (título; introdução; material e métodos, resultado (discussão e análise); conclusão e referenciais bibliográficos); tabelas de conectivos e seus significados, expressões de conexão de parágrafos e frases, alguns artigos bem redigidos na área de interesse e finalmente uma síntese das novas regras gramaticais da língua portuguesa.
5-    Organize uma lista de palavras e frases indevidamente faladas na linguagem informal e que nunca deverão compor um texto científico.
6-  Crie um estilo de escrever que prime pela simplicidade de expressão de fazer com que as pessoas te compreendam. Regra simples da comunicação verbal e textual. Rebuscar sim, teu leitor ou orientador espera isso, ouse na versão final ou recorra a suas anotações (expressões de texto).
7- Ressaltamos que a organização de textos difere seu formato no tocante a eventos, revistas e outros, pois seguem normas específicas, disponíveis nos ambientes virtuais onde estão alojados, disponíveis a quem vai fazer a submissão.
8- Releia com atenção o que escreveu. Deixe o texto "descansar", ou melhor seu cérebro “desligar do texto”, por algum tempo (lembre-se das etapas do processo de criação) e novamente leia o texto e corrija antes de entregar. Aposto que seu texto pode ser melhorado.

Mais informações sobre metodologia científica poderão ser fornecidas por um mestre orientador ou acessado em meio digital. Sugiro que você em suas leituras assinale e complemente estas ferramentas que, com certeza, serão utilizadas na elaboração de um texto que segue o rigor das normas científicas. A surpresa de seu empenho e desprendimento será um elogio de seu orientador, seu texto aceito em um evento científico ou revista científica sem correções.     





Autora: Profª Drª Ana Lúcia Crisostimo (2014). Professora da Disciplina de Prática de ensino I do Curso de Ciências Biológicas da Unicentro.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Modelo de relatório da primeira oferta das 29 oficinas ministradas no projeto "Ciência & Movimento"

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE – UNICENTRO
Departamento de Ciências Biológicas
Projeto: Ciências & Movimento: universidade em ação


 Relatório das OFICINAS

Datas:
Turno da realização:
Nome da oficina:
Local:
Séries:
Número de alunos (média por sala):
Número total de alunos participantes da escola:
Nome do Orientador:
Nome de todos os acadêmicos que participaram da oferta da oficina:
                          
I- Descrição detalhada da metodologia utilizada na oficina

II- Recursos audiovisuais utilizados:

III- Conteúdo teórico exposto (síntese):

IV- Dificuldades encontradas:

V- Mencione aspectos relacionados à participação do público-alvo:

VI- Qual a relação da sua atividade com a proposta curricular do Estado do Paraná?



VII- Importante: inserir arquivo com fotos, no mínimo 03.