terça-feira, 28 de outubro de 2014

Ensinando o cérebro a aprender melhor: 28/10/2014 - New York Times - Folha de S.Paulo


Ensinando o cérebro a aprender melhor
Por TARA PARKER-POPE
Uma boa nota sempre significa que o aluno aprendeu a matéria? E uma nota baixa significa que um aluno apenas precisa estudar mais?
Em seu novo livro "How We Learn: The Surprising Truth About When, Where, and Why It Happens" (como aprendemos: a surpreendente verdade sobre quando, onde e por que acontece), Benedict Carey, repórter de ciência do New York Times, desafia a noção de que uma pontuação alta em um teste corresponda a um verdadeiro aprendizado. Ele argumenta que, embora uma boa nota possa ser conseguida no curto prazo quando se estuda para uma prova, há grandes chances de que a maioria das informações seja rapidamente perdida.
Carey oferece aos estudantes um novo modelo de aprendizagem baseado em décadas de pesquisas sobre o cérebro, testes de memória e estudos sobre o tema. Ele vira pelo avesso a ideia de que estudar muito é a única coisa necessária para ser um aluno bem-sucedido, oferecendo uma investigação detalhada do cérebro para revelar exatamente como aprendemos.
"A maioria de nós estuda e espera estar fazendo a coisa certa", diz Carey. "Mas costumamos adotar uma noção estática e limitada de como a aprendizagem deve ocorrer."
Sessões de estudo longas e focadas podem parecer produtivas, mas é possível que você esteja gastando grande parte de sua inteligência na tentativa de se manter concentrado. "É difícil ficar sentado e se concentrar por várias horas", diz Carey. "Você está dedicando um enorme esforço só pelo fato de estar lá, quando existem outras maneiras para tornar o aprendizado mais eficiente e interessante."
Uma dica é mudar o ambiente de estudo de tempos em tempos. Em vez de ficar estudando em sua mesa durante horas, buscar um novo cenário irá criar novas associações no cérebro. "O cérebro quer variação", diz Carey. "Quer se mexer, quer fazer pausas."
Ao estudar apenas uma vez de forma concentrada, o aluno não dá sinais ao cérebro de que a informação é importante. Por isso, embora a sessão inicial de estudos dê início ao aprendizado, é a revisão, alguns dias depois, que força o cérebro a recuperar a informação -essencialmente identificando-a como importante.
Outra maneira de sinalizar ao cérebro que a informação é importante é falar sobre ela. Fazer testes e anotar informações em fichas também reforça a aprendizagem.
Outra técnica é chamada de aprendizagem distribuída, ou "espaçada". Carey a compara a regar a grama. Você pode regá-la uma vez por semana por 90 minutos, ou três vezes por semana por 30 minutos. A rega espaçada manterá a grama mais verde ao longo do tempo. Repetir as lições alguns dias ou uma semana depois, em vez de numa sequência rápida, envia ao cérebro um sinal mais forte de que ele precisa reter a informação.
Cientistas identificaram os intervalos ideais. Se a prova está marcada para daqui a uma semana, planeje duas sessões de estudo com intervalos de um a dois dias. Se a prova for daqui a um mês, comece estudando com intervalos de uma semana.
Dormir é uma parte importante de estudar bem. A primeira metade do ciclo do sono ajuda a reter os fatos; a segunda metade é importante para habilidades matemáticas. Então, um aluno que tiver uma prova de idiomas deve ir para a cama cedo, a fim de conseguir uma maior retenção durante o sono. Para os estudantes de matemática, é melhor fazer a revisão logo antes de ir dormir.
"O sono finaliza o aprendizado", diz Car

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/newyorktimes/192742-ensinando-o-cerebro-a-aprender-melhor.shtml

sábado, 25 de outubro de 2014

O USO DO BLOG COMO FERRAMENTA DE ENSINO-APRENDIZAGEM

           O blog é uma das diversas tecnologias da comunicação e informação que são disponibilizadas na web. A aplicabilidade da ferramenta em contexto educacional terá êxito se houver uma capacitação adequada dos professores, onde o aluno é co-autor de seu processo de aprendizagem e o professor um mediador dos conhecimentos adquiridos pelos alunos. Espaço de possibilidades oferecido pelo uso dos blogs na Educação utilizando como recurso o próprio blog.
        O blog temático será para apoiar os professores dando dicas para leitura , como postar atividades no ambiente, divulgação de trabalhos.
        A primeira ideia é que o blog seja uma possibilidade de aprendizagem colaborativa dentro e fora dos muros da escola, sendo administrado de forma também colaborativa entre professores e entre professores mediadores do trabalho dos alunos representantes de turma, sendo que estes serão a via de acesso para as publicações dos demais colaboradores. 
        Relevante trabalhar o conceito de responsabilidade em rede sobre a pesquisa, a produção da informação e do conhecimento até a sua publicação, independente da mídia escolhida, texto, hipertexto, imagem móvel ou fixa, sons, músicas, Podcasts, filmes ou documentários, links...
        Tudo dependerá da disponibilidade e interesse dos professores em agregarem as potencialidades do blog como uma ferramenta valiosa no processo de aprendizagem de seus alunos. Considerar ainda  a motivação dos alunos para instigarem os professores para disponibilizarem a eles o uso deste recurso.

            Considerações que precisam ser levadas em conta antes de os alunos iniciarem a criação e o desenvolvimento de seu próprio blog.
·                     Conversar com o aluno sobre as responsabilidades inerentes à publicação na Internet.
·                  Ser leitor de blogs e, assim, aprender indiretamente novas técnicas para melhorar o já existente.
·           Os blogs fazem parte do ecossistema completo que é a Internet, isto é, não são as únicas ferramentas existentes para favorecer o modelo construtivista.”

Subsídios  teórico-práticos no uso do blog como ferramenta de ensino/recurso didático

            Na construção coletiva do conhecimento através de um projeto de blog coletivo se faz necessário um planejamento simplificado dos itens fundamentais na concepção da ideia, devendo dispor de:

            Textos informativos; enquetes (abordando situações problemas); lista de links temáticos; slides com imagens reflexivas; Vídeos (com sons); álbuns (memória fotográfica das atividades realizadas pela comunidade); para despertar nos seus usuários o desejo de ler, analisar, refletir e interferir nas informações ‘postadas’ a fim de que haja troca de saberes entre os envolvidos com o projeto.

            Caso algum membro da comunidade tenha pouco ou nenhum conhecimento técnico sobre a construção de blogs é imprescindível à capacitação tecnológica sobre o uso dessa ferramenta para que ‘todos’ os envolvidos estejam ‘estimulados’ a participar efetivamente desta construção.

           
Exemplos da funcionabilidade dos Blogs:

·         Aproximar professores e alunos.
·         Os estudantes tendem a se identificar com o professor blogueiro. Se o aluno cria um blog, os professores têm um espaço a mais para orientar o aluno;
·         Permitir maior reflexão sobre o conteúdo
Quando o professor blogueiro expõe sua opinião, está sujeito a críticas e elogios. Com isso, reflete sobre seu trabalho e faz os alunos pensar mais sobre o tema proposto
·         Manter o professor atualizado
O professor blogueiro busca em outros sites e blogs informações para compartilhar com os alunos. Isso o coloca em permanente reciclagem
·         Estimular Maior exploração e aproveitamento do laboratório de informática da escola.
·         Criar uma atividade fora do horário de aula
O estudo não fica restrito aos 45 minutos de sala de aula. Com o blog, o professor instiga os alunos a estudar mais. Eles buscam no blog desafios, exercícios e gabaritos
·         Trazer experiências de fora da escola
O blog abre as atividades da escola para pessoas de outros colégios, cidades e até países colaborarem. Isso amplia a visão de mundo da turma
·         Divulgar o trabalho do aluno e do professor
As produções do aluno ou do professor podem ser vistas, comentadas e conhecidas por qualquer internauta do mundo. Isso é um incentivo para alunos e professores se dedicarem
·         Permitir o acompanhamento
Com os blogs, os pais podem monitorar as atividades escolares dos filhos. E também ter acesso ao que o professor está ensinando. Isso não é possível com as aulas
·         Ensinar linguagem digital
Ao montar blogs, alunos e professores passam por um processo de "alfabetização digital". Aprendem a fazer downloads e outros recursos para navegar com facilidade
·         Aproximar o professor do universo do aluno, para que possa auxiliar em sua comunicação e troca de conhecimentos

 Fonte: http://profeanelise.blogspot.com/2008/08/importncia-dos-blogs-na-escola.html
 


domingo, 19 de outubro de 2014

MÉTODO CIENTÍFICO NA ÁREA EDUCACIONAL

  
                                                                                        Profª Drª Ana Lúcia Crisostimo (2014)
Docente do Curso de Ciências Biológicas da Unicentro.



O método científico está presente nos processos de produção do conhecimento provenientes de investigações na área educacional. No ensino superior saber analisar, interpretar e redigir com um rigor científico deve ser inserido na proposta pedagógica de todas as disciplinas. Geralmente o rigor científico e as regras que norteiam um texto acadêmico é exigido apenas na elaboração de projetos ou textos escritos especialmente para eventos, livros ou revistas científicas.
Com o objetivo de subsidiar também atividades pedagógicas cuja metodologia de ensino seja centrada em uma pesquisa, na organização de um seminário ou mesmo um simples trabalho de leitura e síntese de alguns textos sobre um determinado assunto que culminem na elaboração de um texto científico relacionamos alguns aspectos imprescindíveis nesta tarefa.
A elaboração de um texto científico envolve muito mais do que uma simples leitura atenta de um livro ou artigo. Requer o domínio de algumas normas e conceitos preciosos que facilitam a redação de um trabalho científico. Mas não basta apenas conhecer o método científico.  
Lembramos que o ato de escrever, seja uma simples frase ou um longo texto requer um processo cognitivo. Nosso cérebro acumula informações e em momento de sínteses desencadeamos um processo criativo. O resultado da criação pode ser algo novo ou algo que reinventamos, reelaboramos e transformamos em uma obra de arte ou um texto científico. Neste contexto podemos afirmar que a elaboração de um texto científico é precedida de um processo criativo que ocorre em nosso intelecto e que não é privilégio de alguns iluminados. As leituras de autores renomados na área que pretendemos, nossas anotações e o exercício de escrever sobre algo que elaboramos a respeito contribui para o momento que nos tornamos autores e não simples reprodutores de conhecimento.
Outro aspecto que destaco é o fator motivacional... devemos nos perguntar o que nos motiva... Qual nossos objetivos? Quero escrever uma dissertação ou uma tese, um trabalho de conclusão de curso... não importa, todos estes trabalhos precisam ser elaborados seguindo normas científicas e precisamos saber escrever... queremos nos tornar autores. Isso implica em horas de dedicação, persistência e até abnegação de algo que gostamos. Ser autor implica em entender que nosso cérebro não "dá saltos" milagrosos, ou seja, o processo de produção do conhecimento é resultado de um trabalho contínuo e desafiador de escrever, apagar... escrever, corrigir...até que o leitor (nosso interlocutor) compreenda o que queremos transmitir.    
Agora sim. Entendemos a importância da motivação, conhecemos como nosso cérebro funciona no processo criativo de elaboração, coletamos informações por meio da leitura de livros e textos que irão subsidiar meu intelecto na elaboração de um texto científico. Lembrar sempre que os autores serão citados ou parafraseados para ressaltar, ilustrar ou até contrapor nossas ideias e nunca para serem plagiados.
Vamos a alguns conselhos úteis que poderão subsidiar a elaboração de um texto científico:

1-      Faça uma análise detalhada de outros artigos ou trabalhos científicos publicados. Observe como o autor organizou o texto, se atingiu o objetivo proposto; qual a metodologia de análise empregou, se seguiu adequadamente as normas da ABNT, quais as expressões de conexão que empregou no texto (grifar algumas) e coerência textual, entre outras análises possíveis. 
2-  Organize um texto que tenha coerência textual que basicamente consiste na harmonia entre as palavras, entre as frases, isto é, quando faz sentido ao leitor (seu interlocutor imaginário) aquilo que você escreveu. Obrigatoriamente tem um início, meio e fim. Em outras palavras a pessoa que ler seu texto, independentemente de você, entenderá om o que você quis transmitir, ou seja sua mensagem.
3-  Uma maneira de facilitar a organização do texto é montar um esquema geral do texto, partindo sempre do geral para o específico (no caso da fundamentação teórica ou de um artigo, a introdução, etc.). Passe a escrever seguindo este roteiro e a partir da primeira versão do texto já elaborado citar ou parafrasear autores seguindo normas da ABNT. 
4-    Organize um arquivo impresso ou digital sobre: estrutura organizacional do artigo (título; introdução; material e métodos, resultado (discussão e análise); conclusão e referenciais bibliográficos); tabelas de conectivos e seus significados, expressões de conexão de parágrafos e frases, alguns artigos bem redigidos na área de interesse e finalmente uma síntese das novas regras gramaticais da língua portuguesa.
5-    Organize uma lista de palavras e frases indevidamente faladas na linguagem informal e que nunca deverão compor um texto científico.
6-  Crie um estilo de escrever que prime pela simplicidade de expressão de fazer com que as pessoas te compreendam. Regra simples da comunicação verbal e textual. Rebuscar sim, teu leitor ou orientador espera isso, ouse na versão final ou recorra a suas anotações (expressões de texto).
7- Ressaltamos que a organização de textos difere seu formato no tocante a eventos, revistas e outros, pois seguem normas específicas, disponíveis nos ambientes virtuais onde estão alojados, disponíveis a quem vai fazer a submissão.
8- Releia com atenção o que escreveu. Deixe o texto "descansar", ou melhor seu cérebro “desligar do texto”, por algum tempo (lembre-se das etapas do processo de criação) e novamente leia o texto e corrija antes de entregar. Aposto que seu texto pode ser melhorado.

Mais informações sobre metodologia científica poderão ser fornecidas por um mestre orientador ou acessado em meio digital. Sugiro que você em suas leituras assinale e complemente estas ferramentas que, com certeza, serão utilizadas na elaboração de um texto que segue o rigor das normas científicas. A surpresa de seu empenho e desprendimento será um elogio de seu orientador, seu texto aceito em um evento científico ou revista científica sem correções.     





Autora: Profª Drª Ana Lúcia Crisostimo (2014). Professora da Disciplina de Prática de ensino I do Curso de Ciências Biológicas da Unicentro.