quarta-feira, 30 de março de 2011

Análise da estruturação de um texto científico

Zum: desvelando o universo das plantas com arte

Jaqueline Vilella Barban
Hylio Laganá Fernandes
Resumo
A modernização do cenário educacional deve acontecer como forma de suprir as necessidades de uma sociedade em constante transformação - fluxo de conhecimentos, imagens, movimentos e sons. Nesse contexto, busca-se cada vez mais um ensino articulado, que contemple ciência, arte e tecnologia. Utilizando-se de técnicas de fotografia e animação digital, esse trabalho teve como objetivo a criação de uma narrativa imagética para compor um material de apoio didático no ensino da Botânica, com o intuito de desenvolver interesse e valorização dessa área. O registro fotográfico digital focou-se em briófitas e pteridófitas; a partir destas imagens foram produzidas montagens dinâmicas que conferissem noções de escala: efeito de zoom (afastamento ou aproximação), valorizando o organismo enquanto elemento constituinte de um sistema complexo. A aplicação do material produzido possibilitou a investigação dos sentidos atribuídos às imagens e às animações; e demonstrou que o objetivo principal foi alcançado e comprovado pela melhoria no desempenho dos educandos.

Referência: texto apresentado II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia, ocorrido na Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR de 07 a 09 de outubro de 2010 –Ponta Grossa PR, denominado Zum: desvelando o universo das plantas com arte.
    Atividade a ser desenvolvida pelo 3º CBM na disciplina de Estágio Supervisionado em Ciências Biológicas I: análise da estruturação do texto “Zum: desvelando o universo das plantas com arte”.

Em relação à análise de como os autores procederam a estruturação do texto, responder às seguintes questões:

1- O que pretendia investigar (o problema)
2- Para que (os objetivos)
3- Como (a metodologia: tipo de pesquisa, sujeitos, estratégias, instrumentos de coleta de dados)
4- Os procedimentos de análise dos dados, discussão (interlocução entre o pesquisador, os dados coletados e o referencial teórico), e os resultados a que chegou, respondendo ao problema da pesquisa.


Pluralismo Metodológico no Ensino de Ciências

Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO
Laboratório de Ensino de Biologia

O pluralismo metodológico propõe a utilização de diferentes métodos/estratégias de ensino no ensino de ciências/educação científica. Esta vertente educacional considera que todo o processo de ensino/aprendizagem é altamente complexo, mutável no tempo, envolve múltiplos saberes e está longe de ser trivial. Este texto é inspirado na leitura epistemológica feyerabendiana, que sugere uma abordagem metodológica pluralista para o ensino das ciências.
Razões que sustentam esse entendimento:
1. Nossa concepção demasiadamente ingênua do homem, da sua circunstância social, do seu processo de elaboração do conhecimento e, por consequência, do mecanismo de sua aprendizagem.
  1. A evolução das ideias educacionais se encontram ligadas à evolução da própria humanidade, ficando portanto sujeita ao tempo e circunstância.
Os estudantes variam em suas motivações e preferências, no que se refere ao estilo ou ao modo de aprender, e mesmo na sua relação com o conhecimento. Isso sem mencionar as suas habilidades mentais específicas, ritmos de aprendizagem, nível de motivação e interesse para uma determinada disciplina, persistência dedicada a um problema, experiências vividas pelo grupo social a que pertencem. Esses fatores que podem vir a ser colocados numa sala de aula, certamente influenciam, entre outros, a qualidade e a profundidade da aprendizagem, como, também, a decisão do emprego da estratégia metodológica. Portanto, é questionável uma ação educacional baseada num único estilo didático, que só daria conta das necessidades de um tipo particular de aluno ou alunos e não de outros.
Parece-nos difícil imaginar que estratégias instrucionais que procuram, por exemplo, encontrar exclusivos caminhos, tendo por base o vagar através de uma exploração intelectual autônoma, ou mesmo coletiva, são inquestionavelmente efetivas. Da mesma forma se questiona o ensino tradicional objetivista-empirista quando advoga ou prescreve o domínio de um ensino mecânico, ritualista, de observação, de audição, centrado tão somente no professor. O entusiasmo por certos ideais pedagógicos que, por ventura, vinculam ações didáticas, parecem não reconhecer a possibilidade de existirem alunos que não se adaptam pedagogicamente a um determinado estilo de ensino, deixando de desconsiderar, na prática, um princípio facilmente constatável, presente em qualquer sala de aula, segundo o qual os aprendizes partem de condições iniciais desiguais e diferenciadas, pois têm trajetórias de vida cognitiva, motivacional e emocional distintas.
Neste contexto é possível afirmar que todos os modelos e metodologias de ensino têm vantagens e restrições. Além disso outros fatores interferem no processo ensino-aprendizagem, a saber:
I- Fatores avaliativos das práticas docentes adotadas no processo ensino-aprendizagem: qualidade, profundidade, o tempo de retenção do conteúdo e a extensão da aprendizagem, número de alunos motivados e interessados.
II- Formas de enfrentamento docente frente a problemas da sala de aula: profissional com perfil curioso, inquieto, de mente viva e capacitado, pronto a buscar novas soluções nas situações diversas.
III- Quanto mais variado e rico for o meio intelectual, metodológico e didático fornecido pelo professor no contexto escolar, maiores condições ele terá de desenvolver uma aprendizagem significativa da maioria de seus alunos.

Síntese do texto: Pluralismo Metodológico no Ensino de Ciências
Autores: Carlos Eduardo Laburú; Sérgio de Mello Arruda; Roberto Nardi. Ciência e educação. 2003. Acessado no site: http://www.scielo.br/pdf/ciedu/v9n2/07.pdf, em 29/03/2011.


quarta-feira, 23 de março de 2011

Poesia

José Régio, em seu Cântico Negro, que em alguns extratos diz:

Vem por aqui, dizem-me alguns
com olhos doces, estendendo-me os braços
e seguros de que seria bom se eu os ouvisse.
Quando me dizem: Vem, vem por aqui!
Eu olho-os com olhos laços
que há nos meus olhos ironias e cansaços,
eu cruzo os braços e nunca vou por aí.
Não, eu não vou por aí,
eu vou por onde levam os meus próprios passos.
Se ao que busco saber
nenhum de vós me respondeis,
por que me repetis: Vem, vem por aqui!
Eu prefiro escorregar nos becos lamacentos,
redemunhar aos ventos feito farrapos,
arrastar os pés sangrentos
      a ir por aí.
Tendes estradas, tendes tratados,
Tendes filósofos, tendes sábios.
Eu tenho a minha loucura
e levanto-a como um facho.
Eu amo o longe e a miragem,
Eu amo os abismos, as torrentes e os desertos.
A minha vida é um vendaval que se soltou,
é uma onda que se levantou,
um átomo a mais que se animou.
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou,
      Mas sei que não vou por aí.

Desafios Ensino de Ciências

Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO
CAMPUS CEDETEG
TEMA da AULA: Desafios para o Ensino de Ciências
Prof ª Dr ª Ana Lúcia Crisostimo

1. Educação em Ciências e Prática Docente/ Desafios para o ensino de Ciências
*Tendo visto os desafios apontados no capítulo, quais são as deficiências em sua formação e como elas poderiam ser sanadas?

Resposta: Falta de capacitação do professor e falta de infra-estrutura; Investimento do governo, estimulo ao professor, dar condições para o professor trabalhar.

2. Ciência e Ciências na escola/ Temas da Ciência
*O desenvolvimento científico se dá através de uma série de demandas (sociais, culturais, econômicas...) do mundo contemporâneo. Este desenvolvimento, inclusive, provavelmente não será abarcado, em sua totalidade, pela formação inicial dos professores. Tendo visto estes temas da Ciência, qual a articulação esperada entre Produção e Ensino de Ciências?

Resposta: Através de investimento, dar inicio as praticas (produção) na educação básica, assim despertando interesse nos alunos pela ciência antes da escolha profissional.

3. Aluno, conhecimentos escolares e não escolares/ Aluno, sujeito do conhecimento
*De acordo com o capitulo, articular múltiplos conhecimentos de diferentes atores sócias/ parcelas da sociedade, torna-se uma qualidade indispensável ao professor de Ciências para a apreensão significativa das Ciências pelos alunos. Mas como instrumentalizar isso?

Resposta: O professor deve ser criativo e usar vários recursos, como por exemplo: livros, revistas, suplementos de jornais, promover passeios em parques e clubes de ciências; Aulas práticas em laboratórios de ciências; O professor deve aproveitar todos os recursos disponíveis a ele.

4. Abordagem de temas em sala de aula/ Conhecimento e sala de aula
* O que é necessário p q a abordagem do conhecimento em sala de aula propicie rupturas (que rupturas?) e favoreça a apropriação da "cultura elaborada"/"conhecimento científico"?
Resposta: Desde as séries iniciais deve haver o ensino de ciências, não como uma matéria separada, mas sim integrando-a com as outras matérias. Uma ruptura seria essa integração. Já para favorecer a apropriação de uma cultura elaborada é necessário:
a- Acontecer o real aprendizado/ensino sobre o que é ciência e explicar que só é ciência se houver um método científico, hipótese, baseado em teorias etc.

b- Atualização dos professores, quanto ao conteúdo, já que a ciência não é algo acabado e imutável.

5. Temas de ensino e a escola/ Escola, Currículo e Programação de Ciências
* Por que promover a mudança curricular? O que deve ser priorizado neste processo de mudança? Qual o maior desafio?
Resposta: Relacionar mais as disciplinas. Promover uma interação para demonstrar ao aluno que ele não estuda disciplinas isoladas, mas que há uma conexão com todos elas. Isso não precisa acontecer como mudança curricular, mas com algumas reuniões e interações bimestrais, por exemplo, demonstrando por exposições ou experimentações a conexão de matemática com ciência e português